IMA fiscaliza aterro de Maceió e apura irregularidades

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Os técnicos do órgão ambiental fizeram vistoria para verificar denúncias de problemas com o tratamento e descarte do chorume gerado

Técnicos do Instituto do Meio Ambiente estiveram, na manhã dessa quarta-feira (31), no local onde funciona o aterro de Maceió para vistoriar a área e apurar irregularidades denunciadas por moradores da região. Durante a fiscalização foi encontrada uma das lagoas de chorume com vazamento direto para a uma área de vegetação nativa.

A lagoa foi construída para receber o excedente do chorume bruto gerado no aterro, ela chama atenção porque está fora da área das demais lagoas. No local a equipe encontrou um buraco recém escavado, na propriedade adjacente ao aterro, para drenar o chorume que estava vazando direto da lagoa, possivelmente devido a alguma infiltração.

Tanto funcionários do aterro como da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente Maceió (Sedet), que apareceram durante a presença da equipe do IMA, informaram que o vazamento aconteceu no último domingo (28). Como medida paliativa escavaram um grande buraco, colocaram uma caixa d’água dentro e um dreno para bombear o líquido, caso ele continue a escorrer.

Foram feitas imagens aéreas do local que servirão para nortear medidas que serão tomadas pelo Instituto. Além disso, outras denúncias apontam que a área ocupada pelas operações do aterro já estão foram do que fora inicialmente licenciado, além de impactos como o soterramento de pequenos rios e nascentes. A situação também está sendo apurada pelo órgão.

Intimações
Durante a fiscalização foi entregue um ofício para relembrar a empresa administradora do aterro que a resolução 58∕2018, do Conselho Estadual de Proteção Ambiental, assegura que o transporte interestadual de resíduos perigosos deve ser licenciado pelo Estado. O descumprimento é passível de “autuação, interdição e apreensão dos veículos”.

Como os representantes do aterro não quiseram responder as perguntas dos técnicos, além do ofício foram entregues mais oito intimações solicitando informações técnicas sobre a operação do aterro, tais como o volume de chorume gerado, a destinação do líquido, o arquivo da poligonal do equipamento, entre outras. Para a apresentação das informações foi dado um prazo de 48 horas.