Técnicos apresentam estudo sobre monitoramento de queimadas na caatinga

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A atividade acontece no Encontro de Geografia, realizado pela Ufal no campus sertão, em Delmiro Gouveia, para discutir os desafios e perspectivas para o sertão alagoano

Esdras Andrade

Técnicos da Assessoria de Geoprocessamento do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) participam do III Encontro de Geografia do Sertão Alagoano (III EGSA) e apresentam trabalho sobre o monitoramento de focos de queimadas no bioma caatinga.

O evento, que teve início na segunda-feira (04) e encerra nessa quarta-feira (06), acontece nas dependências da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus do sertão, em Delmiro Gouveia.

Estão sendo discutidos os desafios e as perspectivas para essa região, oportunizando a troca de experiências e o diálogo aberto entre instituições de ensino e órgãos públicos de Alagoas e estados vizinhos.

A equipe do IMA apresentou o trabalho intitulado “O Monitoramento Ambiental de Focos de Queimadas no Bioma Caatinga no Estado de Alagoas Para os Anos de 2006 e 2016”, na quarta-feira (06).

Este tema é uma etapa do monitoramento que a Assessoria de Geoprocessamento realiza para todo o Estado e disponibiliza semanalmente à sociedade através do site do IMA/AL como parte das atividades desenvolvidas cotidianamente.

Segundo Daniel Conceição, Assessor de Geoprocessamento do IMA/AL, o estudo visa alertar à sociedade sobre os problemas ambientais que se relacionam com a problemática das queimadas. Especificamente no semiárido alagoano, problemas como o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera, a destruição de habitats naturais de várias espécies da flora e fauna, a erosão e perda de absorção dos solos e ao dano às infraestruturas necessárias ao homem, fazem parte do estudo realizado pelo setor.

“O estudo faz uso de alta tecnologia, baseado em dados de imagens de satélites, e mostra que houve um aumento de 30,5% nos focos de queimadas no intervalo de tempo analisado, passando de 400 para 522 eventos registrados tanto em áreas agrícolas quanto em áreas vegetadas”, explica Daniel.

Em relação a essas ocorrências, nos fragmentos de vegetação nativas, o aumento de focos de queimadas é considerado alto, uma vez que correspondem a mais de 210%, o que tem mostrado que as atividades antrópicas não têm poupado os poucos remanescentes vegetacionais da caatinga alagoana.