IMA e MPE fiscalizam CTR que recebe resíduos retirados das praias

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Os órgãos querem garantir que o material tenha a destinação ambientalmente adequada e não contamine outras áreas

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Ministério Público Estadual fizeram uma vistoria, na manhã dessa quinta-feira (24), na Central de Tratamento de Resíduos (TR) do Pilar, o único lugar com autorização, em Alagoas, para receber o material retirado das praias. Atualmente já foram recolhidas 726 toneladas de óleo misturado com areia contaminada.

A intenção é acompanhar a situação de recebimento e armazenamento do material coletado. “Dentre tantos problemas que esse petróleo tem causado, nós tínhamos a preocupação quanto a destinação”, disse Jorge Dória, coordenador do núcleo de Meio Ambiente do MPE. O procurador afirmou ainda a apreensão “que essa destinação pudesse causar mais dano ao meio ambiente”.

Segundo Alfedo Gaspar de Mendonça, procurador-geral de Justiça, “não basta retirar da praia, nós temos que ter tratamento adequado desses resíduos. Sob pena de limpar uma parte do meio ambiente e contaminar de forma muito perigosa outra parte”.

A partir do momento em que o material é retirado das praias, as prefeituras depositam em um local específico de transbordo e acionam o IMA. O órgão ambiental, por sua vez, contata a equipe de recolhimento do próprio CTR. O óleo é então recolhido no local, em caminhões caçambas, e levado para a Central.

No local o grupo pôde ver a forma como o material está sendo armazenado. Segundo informações da empresa, todo o resíduo é primeiro colocado em uma área impermeabilizada e em seguida é depositada em uma célula de produtos tóxicos classe 1, apta à receber resíduo industrial e perigoso.

Segundo Leonardo Vieira, assessor executivo do IMA, “nós entendemos que essa é uma ação prioritária. A fiscalização é importante para mostrar à população que os resíduos não estão contaminando outra área. O IMA entende que não basta coletar é precisa dar a destinação ambientalmente adequada”.

Os representantes da CTR ainda afirmaram estar em contato com pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas e dos outros Estados para verificar a possibilidade de aproveitamento do material.